
Ação_Objeto: POP-UP de Arte
Expondo em Situação de Rua … Será mesmo?
Expondo em Situação de Rua … Será mesmo?
Dobraduras que saltam da página ao abrir um livro: pop-up … pop-up como janelas que surgem de surpresa na tela do computador … e ainda as lojas pop-up como ação de comunicação num site specific …
A geringonça-transformer (Matilde/Teobaldo) chega do nada e de repente se instala e se desdobra numa caixinha de surpresas/pandora: pequenas doses de poética visual / bike/caxotão_exposição itinerante de arte / pop-up na forma e pop-up no conteúdo, uia !!!
Ocupar o espaço público de forma criativa, expressiva e lúdica favorecendo a mudança de paradigmas no uso das cidades: a rua como lugar de estar, de conviver e não apenas como um lugar de passagem, de ninguém, esvaziado de significado.
Na Av. Paulista (onde exponho a maioria das vezes) tive a oportunidade de presenciar muita coisa: desde as diversas realidades violentas de pessoas socialmente menos favorecidas; a atuação do “rapa” junto aos ambulantes; a presença de artesãos e artistas de inúmeras vertentes com suas questões tão específicas; a forte presença de refugiados de muitas nacionalidades e as diversas questões identitárias e culturais que só o compartilhamento do espaço público nos permite acessar.
Também observei que é muito forte a ideia romantizada de que “o artista tem que ir aonde o povo está”; a meu ver esse contato direto com o público é fundamental, mas também há a parte operacional que nos é muito desfavorável e precária. É sol, é chuva, vento, é cocô de passarinho, brigas por espaço, precariedade no transporte público, violências e arbitrariedades das fiscalizações e “autoridades”, falta de sanitários, etc, etc, etc…
Olho para tudo isso e questiono a ausência de infraestrutura mínima para que a população possa usufruir e se apropriar do espaço público e vejo na atuação dos artistas uma possibilidade real e interessante de criar um outro olhar para a rua com suas inúmeras possibilidades de relações de convivência.


OBS:
A Matilde foi projetada numa determinada situação e ficou pronta 1 mês antes da pandemia. Muita coisa mudou tanto em termos conceituais quanto práticos e até mesmo na minha condição física.
É preciso adequação à novas demandas; então estou desenvolvendo o projeto do Teobaldo, o meu futuro novo parceiro:
É preciso adequação à novas demandas; então estou desenvolvendo o projeto do Teobaldo, o meu futuro novo parceiro:
Ampliar a ocupação efetiva do espaço público (exposição + performance / artistas residentes e também convidados / facilitar a logistica para garantir consistência mesmo em condições de poucos recursos e de arbitrariedades dos poderes estabelecidos.